No final de semana do dia 29/03 escapamos de Lisboa para Sintra. Sintra é uma cidade linda, encantadora e para falar a verdade acho que até agora é a cidade mais bonita de Portugal, que merece de qualquer maneira ser cuidadosamente visitada. Foi declarada Patrimonio Mundial pela Unesco. Fica há uns 40 minutos de trem de Lisboa. Então, como o Jeroen ainda não tinha ido pra lá, decidimos passar o sábado em Sintra.
Estação do Rossio
Acordamos por volta das 10h em Algés, o tempo estava incrivelmente maravilhoso, sol e quente (nem sempre que está sol está quente). A temperatura devia estar beirando os 23ºC. Para que casaco com um tempo deste??? Sanduíches na mochila, pegamos o comboio pra Lisboa e de Lisboa, da estação do Rossio (um edifício em estilo neo-manuelino, construído em 1886/87 e recentemente reformado. Super bonito por dentro e por fora) pegamos o comboio pra Sintra.
Quando descemos na estação, para nossa surpresa o tempo estava nublado e frio. Mas como?, foram só 40 min de viagem, como o tempo pode mudar tanto? Pois, a serra de Sintra começa mesmo no centro da 'vila' e acaba no Oceano, no ponto mais ocidental da Europa continental - o Cabo da Roca. Então é como a Serra da Mantiqueira, entre a serra e o mar, ou seja toda humidade quando encontra com a barreira natural (a montanha) se transforma em nuvem e o tempo lá está quase sempre nublado. Ou seja, friozinho básico que me rendeu um belo resfriado durante a semana.
Palácio Nacional
O casaco fez falta, mas não morremos de frio por causa disso não, afinal de contas caminhar aquece o esqueleto. Como eu já tinho ido à Sintra antes, decidimos visitar lugares que eu ainda não conhecia. E também o tempo nem era tanto assim pra fazermos muitas coisas.
Decidimos ir até à Quinta e Palácio da Regaleira, uma construção do séc. XIX. É uma quinta que nasce do meio de uma floresta. Seu proprietário na época, junto com um arquiteto italiano, deu asas à imaginação. A Quinta da Regaleira é um somatório de diversos estilos artísticos, principalmente nota-se o gótico, o manuelino e o renascentista com grande influência mítica e esotérica. O jardim é cheio de passagens secretas, terraços, um grande lago e alusões ao céu e ao inferno.
Dentro do Palácio, passamos pouco tempo porque eu ainda queria visitar o Museu do brinquedo.
Palácio da Regaleira
O museu do Brinquedo abriga uma coleção de brinquedos que foram recolhidos em mais de 50 anos pelo colecionador Jão Arbués Moreira. Sua coleção começou quando ele tinha 14 anos de idade. Hoje são mais de 40.000 brinquedos diferentes que contam a História da HUmanidade. São 3 pisos de pura magia. Fiquei maravilhada com a coleção de Barbies. As bonecas são das mais váriadas épocas, assim como os soldados de chumbo, os carrinhos e trens. É uma infinidade de brinquedos que nos faz facilmente remeter à infância.
Terminamos este passeio saboreando a tradicional queijada Sintra (doce ancestral, que vem pelo menos da Idade Média). A pastelaria LOTADA, com distribuição de senha, sentamos no café e decidimos comer ali mesmo. Queijadas e travesseiros (outro doce típico de Sintra).
Na volta pra Lisboa, logo ali na Baixa, mais um lugar deslumbrante, a Casa do Alentejo, onde paramos pra beber apenas uma cerveja. Só quem já sabe o que tem ali dentro entra. Da rua o que se vê é apenas uma porta velha, mas por dentro é um antigo palacete com grande influência árabe na arquitetura, facilmente notável pelos mosaicos no chão. O restaurante também é muito bom, mas vou falar dele num outro post.
Até a próxima e aguardo seu comentário!