Estreou na sexta feira, dia 18, a peça "O Autofalante" com o Pedro Cardoso e aproveitei essa desculpa para visitar Lisboa novamente. Impressionante, cada vez que lá vou, gosto mais.
Saí do trabalho e peguei logo o comboio, cheguei em Lisboa e a Chris alemã me hospedou na casa dela. Nesta mesma noite fomos dar uma volta no Bairro Alto. Bem parecido com a Lapa, várias ruas lotadas de bares, onde as pessoas ficam na maior parte do tempo bebendo e conversando na rua mesmo. Na porta dos bares. É um lugar bem boémio, com muitas moradas estudantis também.
O apartamento da Chris é algo bem interessante, é abrigado por seis pessoas de diferentes nacionalidades. Ela e um outro alemão, uma belga, uma holandesa, uma espanhola (de Barcelona)e um cara que não lembro de onde é.
Depois de algumas cervejas e muito papo no Bairro Alto voltamos pra casa. Nada de discoteca desta vez.
No sábado, fomos pra Alfama, o bairro onde fica o Castelo de São Jorge. Fica no alto da cidade e a vista de lá de cima rende altas fotos. A Chris mora pertinho do centro e deu pra ir andando.
Decidimos andar pelo bairro, sair das ruas principais e andar pelas ruelas, pelo meio dos sobrados e a surpresa foi grande. Que bairro lindo. Muitas escadas e ladeiras. Haja perna!! Mas o visual é muito peculiar. Sobrados coloridos, com aqueles azulejos típicos dos patrícios, roupas penduradas pelas varandas e janelas, crianças jogando bola nas ruelas apertadas. No meio dos sobrados, aparece uma praça, com uma palmeira enorme e uma Igreja, com o sol refletindo na fachada branca. Nossa, que cena!
Depois de muito andar e fotografar, sentamos no Pois Café, que apesar do nome totalmente lusitano, é um café austríaco. Adorei este lugar, um salão bem amplo e muito bem decorado. Completamente aconchegante, com muitos sofás e poltronas, quadros, livros e revistas do mundo inteiro sobre diversos temas. As mesas são grandes justamente para forçar pessoas "desconhecidas" compartilharem o mesmo lugar. Me senti no sofá da minha casa. Primeiro pedi um sumo de frutas naturais (o que aqui é difícil de achar) para refrescar, porque o tempo em Lisboa estava realmente bom para um inverno europeu. Andei praticamente o dia inteiro de camiseta. Ok, depois do suco multivitamínico, relaxei completamente. Papo vai, papo vem, uma revista... Deu fome. O cardápio é muito apetitoso, vários bolos, quiches, saladinhas.... Não sabia o que pedir. Escolhi ovos mexidos com Cougetes (abobrinhas), que veio acompanhado de saladinha e pão de gergelim. Hummmm....
A tarde passou super rápido e nem percebi que já estava ali faziam horas.
Ok, hora de voltar pra casa da Chris e me preparar para o teatro.
O Pedro Cardoso sozinho já é uma peça. Engraçadíssimo. Bem, recomendo a peça «O Autofalante» que conta a história de um homem desempregado que sofre uma crise de comunicação com o mundo e passa a falar sozinho. Fica tanto tempo isolado de tudo, sendo ele próprio a sua única companhia, que acaba por se aborrecer de si próprio. (...)
Depois do teatro e de muito rir, Bairro Alto de novo. Desta vez com mais gente. E com dois amigos brasileiros que agora são lisboetas, o Marcos Ianes, que me acompanhou no teatro, e o Higor.
No domingo a Chris me ensinou a preparar um típico Cheesecake alemão. (Não tão típico porque não achamos todos os ingredientes e tivemos que substituir alguns) mas a grande diferença é que o Cheesecake alemão é assado, ao contrário do americano. Delícia!! A viagem de volta pra Braga foi tranquila, acompanhada pelo Amir Klink, no livro que estou lendo, Linha D'Água.